Notícia
O futuro dos fertilizantes de baixo impacto ambiental
Pesquisadores italianos desenvolveram processo e estrutura para a obtenção de nanopartículas de fosfato contendo nutrientes minerais essenciais para a nutrição das plantas
Divulgação
Fonte
Universidade de Verona
Data
quarta-feira, 13 maio 2020 15:10
Áreas
Agricultura. Biotecnologia. Química Ambiental.
No período de crise que estamos enfrentando, o impacto ambiental está posicionado entre os problemas mais importantes. Torna-se cada vez mais necessário encontrar novas maneiras de relação com o planeta, implementando novas estratégias para preservar o mundo natural.
Diante dessa necessidade, a Universidade de Verona, na Itália, em cooperação com o departamento de pesquisa e desenvolvimento da empresa FCP Cerea, realizou um estudo para o desenvolvimento da produção de fertilizantes inovadores com menor impacto ambiental do que aqueles atualmente em uso. O estudo foi coordenado pelo Dr. Zeno Varanini, professor de Química Agrícola no Departamento de Biotecnologia da Universidade de Verona, e resultou na obtenção de uma patente sobre o processo e estrutura para a obtenção de nanopartículas de fosfato contendo nutrientes minerais essenciais para a nutrição das plantas.
O trabalho realizado não só permitiu a obtenção da patente, como também possibilitou a publicação de um artigo na revista Scientific Reports.
” Para apoiar a produção agrícola – também em vista do aumento da população mundial, que pode chegar a 10 bilhões em 2050 – são necessárias tecnologias inovadoras e sustentáveis. Devido ao aumento de alimentos necessários para a população em crescimento, a aplicação de fertilizantes nas lavouras é uma prática não substituível. Por outro lado, é sabido que os fertilizantes atualmente utilizados, devido à sua baixa eficiência de uso (as plantas recuperam, em alguns casos, menos de 50%), podem causar sérios danos ambientais. A pesquisa nos permitiu desenvolver uma estrutura industrialmente escalável para a produção de fertilizantes inovadores e sustentáveis, com base na produção de nanocompósitos. O tamanho pequeno desses materiais (menos de 100 nanômetros) fornece ao produto novas propriedades físico-químicas que os tornam mais eficientes no sistema solo-planta, conforme demonstrado por experimentos de laboratório e experimentos de campo com kiwi, tomate, milho, pepino e verduras”, explicou o Dr. Varanani.
A FCP Cerea, então, iniciou a produção de um produto à base de ferro (marca registrada NANO.T) desenvolvido usando a nova tecnologia, que em experimentos em campo aberto provou ser capaz de resolver problemas de deficiência de ferro com eficiência 50% maior que a dos fertilizantes usados com vantagens econômicas óbvias para os agricultores e para a sustentabilidade ambiental.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Verona (em italiano).
Fonte: Universidade de Verona. Imagem: Divulgação.
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