Notícia
Estudo constata que a poluição do ar está ligada ao risco de morte prematura
Pesquisadores analisaram dados sobre poluição atmosférica e mortalidade em 652 cidades em 24 países e regiões, e descobriram que o aumento no total de mortes está relacionado à exposição a partículas inaláveis (PM10) e partículas finas (PM2.5)
Divulgação
Fonte
Universidade Monash
Data
segunda-feira, 26 agosto 2019 15:50
Áreas
Cidades. Qualidade do Ar. Saúde.
A exposição a poluentes tóxicos do ar está ligada ao aumento das taxas de mortalidade cardiovascular e respiratória, de acordo com um novo estudo multicêntrico internacional publicado por mais de 50 pesquisadores na revista científica New England Journal of Medicine no último dia 22 de agosto. Este é o maior estudo internacional para investigar os impactos de curto prazo da poluição do ar sobre a possibilidade de morte, conduzido ao longo de 30 anos. Participaram do estudo os pesquisadores Dr. Paulo Saldiva e a Dra. Micheline Coelho, ambos do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP).
Os pesquisadores analisaram dados sobre poluição atmosférica e mortalidade em 652 cidades em 24 países e regiões, e descobriram que o aumento no total de mortes está relacionado à exposição a partículas inaláveis (PM10) e partículas finas (PM2.5) emitidas por incêndios ou formadas pela transformação de compostos químicos atmosféricos.
O Dr. Yuming Guo, professor da Escola de Saúde Pública e Medicina Preventiva da Universidade de Monash, na Austrália, disse que não há um limite para a associação entre material particulado (PM) e mortalidade, e mesmo baixos níveis de poluição do ar podem aumentar o risco de morte. “Os efeitos adversos para a saúde da exposição a curto prazo à poluição do ar foram bem documentados e são conhecidos por levantar questões de saúde pública de sua toxicidade e exposição generalizada”, explica o professor Guo. “Quanto menores as partículas no ar, mais facilmente elas podem penetrar profundamente nos pulmões e absorver mais componentes tóxicos causando a morte”, ressalta o pesquisador.
“Embora as concentrações de poluição do ar na Austrália sejam mais baixas do que em outros países, o estudo descobriu que os australianos são mais sensíveis à poluição do ar por material particulado e não podem resistir efetivamente a seus impactos adversos. Isto pode ser atribuído às funções fisiológicas dos australianos, adaptados a viver em áreas com baixos níveis de poluição do ar por partículas. Dada a extensa evidência sobre seus impactos sobre a saúde, PM10 e PM2.5 são regulados pelas Diretrizes de Qualidade do Ar da Organização Mundial de Saúde (OMS) e padrões nos principais países”, conclui o Dr. Guo.
Os resultados deste estudo são comparáveis a descobertas anteriores em outros estudos multicêntricos e multinacionais, e sugerem que os níveis de material particulado abaixo das atuais diretrizes e padrões de qualidade do ar ainda são perigosos para a saúde pública.
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Fonte: Universidade Monash. Imagem: Divulgação.
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