Notícia
Pesquisadores da UFPB produzem membrana cerâmica para filtração a partir de matérias-primas naturais
Membranas foram obtidas com baixo custo de produção e se mostraram eficientes para uso em filtração
Divulgação
Fonte
UFPB | Universidade Federal da Paraíba
Data
segunda-feira, 1 fevereiro 2021 09:40
Áreas
Engenharia Ambiental. Saneamento. Tecnologias.
Pesquisa desenvolvida na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) revelou novas possibilidades de produção de membranas cerâmicas a partir de matérias-primas naturais – como a argila – e resíduos industriais. As membranas, utilizadas para processo de filtração, apresentaram capacidade média de remoção de 89% das partículas, além de serem mais baratas e mais sustentáveis do que as membranas cerâmicas comercializadas atualmente, à base de matérias-primas sintéticas.
O estudo foi desenvolvido no Laboratório de Materiais Cerâmicos do Departamento de Engenharia de Materiais da UFPB, com o apoio da Reitoria, em parceria com outros laboratórios da própria instituição, além da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e do Instituto Federal da Paraíba (IFPB).
De acordo com a Dra. Liszandra Campos, coordenadora do Laboratório de Materiais Cerâmicos e uma das inventoras do produto, as membranas produzidas na UFPB têm a vantagem de apresentar propriedades mais promissoras como a vida útil longa e elevada estabilidade térmica, comparando com aquelas produzidas à base de matérias-primas sintéticas.
Além disso, são mais sustentáveis por utilizarem matérias-primas que, a exemplo da argila, existem em grande quantidade na região Nordeste – principalmente na Paraíba, em Pernambuco e no Rio Grande do Norte – e são adequadas para a produção de materiais cerâmicos.
“Por isso a relevância do estudo das membranas cerâmicas obtidas a partir do uso dessas matérias-primas, buscando minimizar os custos de sua produção, com foco na sustentabilidade social, econômica e ambiental”, destacou a Dra. Liszandra.
Estudos realizados entre 2015 e 2018 pelo laboratório da UFPB com amostras de água bruta do sistema de abastecimento da cidade de Campina Grande apontaram que as membranas produzidas para microfiltração, ultrafiltração e nanofiltração, em processos de obtenção de água potável, foram eficientes, conforme normas e critérios do Ministério da Saúde.
Dando prosseguimento aos trabalhos do grupo liderado pela professora Liszandra Campos, em 2019 um estudo do aluno de mestrado Felipe Batista testou a aplicação de membranas produzidas à base de argila e de resíduo da usina sucroalcooleira no tratamento de efluentes têxteis, obtendo resultados bastante promissores que atestaram eficiência do produto na filtração dos efluentes.
Além do tratamento de efluentes industriais e residenciais, o processo de filtração por membranas cerâmicas é amplamente empregado em diversos setores da indústria, a exemplo da indústria farmacêutica e de biotecnologia, química, metalúrgica, têxtil e de papel.
Acesse a notícia completa na página da UFPB.
Fonte: Milena Dantas e Aline Lins, UFPB. Imagem: Antes e depois do processo de filtração. Fonte: Divulgação.
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