Notícia

Pesquisa resultado de parceria entre a UFS e o Projeto Opará estuda a cadeia produtiva do umbu

Proteger e produzir as matrizes nativas deste fruto de forma sustentável é o objetivo da pesquisa Diagnóstico da Cadeia Produtiva do Umbu

Canal Ambiental, Rede T4H

Fonte

UFS | Universidade Federal de Sergipe

Data

terça-feira, 26 fevereiro 2019 10:30

Áreas

Agricultura, Biodiversidade, Gestão Ambiental, Sustentabilidade.

O umbuzeiro é uma árvore símbolo do sertão nordestino e típica da caatinga. Tem grande relevância ecológica e econômica. Armazena água nas raízes e mesmo na época de estiagem floresce e coloca frutos. É também fonte geradora de renda para a agricultura familiar. Proteger e produzir as matrizes nativas deste fruto de forma sustentável é o objetivo da pesquisa Diagnóstico da Cadeia Produtiva do Umbu (Spondias tuberosa Arruda), realizada em parceria entre o Projeto Opará: águas do rio São Francisco e o Campus Sertão da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

O estudo é realizado pelo projeto Opará, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental e pelo Governo Federal, com a proposta de subsidiar o planejamento da produção do umbu no Assentamento Jacaré-Curituba, no semiárido sergipano, a partir de informações sobre o cultivo, colheita e consumo dos frutos na região. A pesquisa partiu de uma construção coletiva, entre integrantes da equipe do projeto Opará e agricultores/as da região, por ocasião da primeira fase do projeto entre julho de 2013 a março de 2016.

O estudo foi iniciado em novembro de 2018 com um inventário florístico realizado por estudantes e professores da UFS em lotes irrigados e sequeiros e áreas de reserva florestal ou em processo de restauração ambiental para compreender a forma de distribuição das matrizes no assentamento Jacaré-Curituba.

Na segunda etapa da pesquisa em janeiro deste ano, foram mapeados 60 umbuzeiros, sendo 23 em área de sequeiro e 37 na área irrigada. Ao total, foram catalogados 290 umbuzeiros, sendo 207 em lotes sem irrigação, e 83 em áreas de atividades produtivas com irrigação no assentamento. As árvores são etiquetadas com placas de alumínio e caracterizadas fenotipicamente em relação ao diâmetro a altura do peito (DAP), área de copa e altura. A partir do levantamento da população, serão selecionadas algumas matrizes para que seja realizado o estudo da fenologia da espécie.

A partir do mapeamento serão desenvolvidas novas ações envolvendo matrizes de umbuzeiro a exemplo do plantio de 8 mil espécies nativas em áreas de restauração florestal do projeto Opará: águas do rio São Francisco.

Além dos dados científicos, o estudo revela a organização econômica dos produtores com o umbu. Um dos resultados obtidos até agora pela pesquisa revela que entre os 62 agricultores cadastrados pelo levantamento, 10% comercializam o umbu diretamente ou via atravessadores e apenas 1% faz o beneficiamento com comercialização em feira livres. “Embora a região seja detentora de um grande número de umbuzeiros, a fruta apresenta um potencial econômico ainda pouco valorizado. Prova disso é que não existem dados disponibilizados sobre o umbu por órgãos que contabilizam as produções, apesar da sua relevância produtiva e ecológica”, destaca a coordenadora da pesquisa e professora do Núcleo de Graduação de Agroindústria do Campus Sertão, a Dra. Anny Kelly Vasconcelos de Oliveira Lima, que estuda as propriedades do umbu há mais de uma década.

Para a professora, a pesquisa promove uma intervenção importante ao incentivar a integração local com as comunidades e levar resultados com impactos socioambientais positivos estimulando a proteção dos recursos naturais e o fortalecimento social e econômico da região. “É de extrema importância que este conhecimento que adquirimos na Universidade saia dos seus muros e seja levado para as nossas áreas de atuação na sociedade”, observa.

Acesse a notícia completa na página da UFS.

Fonte: Kátia Azevedo, Jornalista do Projeto Opará. Imagem: Canal Ambiental, Rede T4H.

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